domingo, 22 de novembro de 2009

Vida em escarlate



"Como se a vida de repente se abrisse de botão que era uma grande rosa escarlate."

É bom sentir-me livre, mais uma vez. É bom entrar em contado comigo mesma, ser o que sou e me desfazer em vento e fogo sempre que quero.
É bom se perder sem ter porquê...
Me deixar levar, pelo som, pela cor, pelo desejo...
Ter-me de novo em confusões, complicações, profundas insatisfações e imperfeitas satisfações.
Correr sempre atrás, certa apenas do que não quero, do que não sou, do que não gosto.
Não sou negações, estou aberta para aceitações, pronta para afirmações e as mais loucas exclamações.
Não, não quero ser um sujeito composto, mas também não simples demais. Deveria existir um sujeito complexo ao qual eu possa me (des)enquadrar. Um sujeito que não me dê tudo o que eu quero, quem sabe tudo aquilo que eu mereço.
E digo sim, quando eu quero, o que tenho por merecer é muito mais do que podem me dar. Eu sou inteira e as coisas que deixo pela metade ainda vou terminar, até porque minha inconstância me leva e traz como as ondas de um mar insano e insaciável.
Insaciavel...insano...Insanoável...
Vou embora e levo tudo mim! Os cheiros os pedaços e os (des)casos, acasos. Sigo o fluxo febril do fogo que me incendeia. Ou posso ir contra também, e nadar con(tra) a maré.
As vontades precisam ser vividas, até a ultima gota, não mata.

 Jessica Machado.

Listening: Blue Foudation (CD: Sweep of Days)

Nenhum comentário:

Postar um comentário