segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A força de dentro

"Tentaram me fazer acreditar que o amor não existe e que sonhos estão fora de moda. Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um, como fizeram com os deles. Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários."

Caio Fernando Abreu 

sábado, 19 de fevereiro de 2011

3X4


"Não fique pela metade
Vá em frente, minha amiga
Destrua a razão
Desse beco sem saída"

- Engenheiros do Hawaii

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

"Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem"

E quando as coisas te puxam pra baixo, quando todos a sua volta dizem pra você desistir, que não vai dar certo, "é bobagem, esquece", eu me agarro ainda mais aos meus sonhos.
Muito antes de saber que isso era uma música minha mãe o dizia pra mim. Correr atrás dos meus sonhos é o que faço desde sempre. Estou no caminho.

Força e coragem, sempre.




"Pois paz sem voz, 
não é paz, é medo."

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

E no final é só escombros...

Dos quais eu me levanto, limpo a poeira e continuo meu caminho.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Há quanto tempo... (?)

Pra falar verdade, não muito. Mas a gente finge que foi há muito tempo que não se sentia isso. A gente finge que nem lembra qual foi a última vez que isso se fez presente.
 O estômago retorce, os pulmões se comprimem. Eu não consigo pensar em outra coisa. Na verdade consigo - e penso. Penso em um monte de outras coisas, todas elas que me deixam mais e mais desesperada por paz, ar, sossego ou quem sabe uma boa noite de sono.
Podia muito bem ser um soco no estômago, mas não é. É alguém enfiando o dedo na minha ferida. Quem? Eu. Por que? Não há um por quê. Eu simplesmente ando pensando demais nas coisas. E aí vem aquela assombrosa revelação para mim mesma: a ferida continua aberta. Menor, menos exposta, cicatrizando (?), mas ainda ali, ainda aberta. Aí eu penso: só se pode cuidar de uma ferida se ela ainda está aberta, certo? E continuo pensando, surpresa por estar sentindo essas coisas. Surpresa simplesmente por estar sen-tin-do.
Fui naquele lugar, cheio de pessoas que não conheço. Fui, resolvi o que tinha que fazer, mas no caminho de volta parei. Parei, olhei para os lados, o coração batendo forte. Percebi que estava correndo. Percebi que estava fugindo. Respirei fundo, voltei. Me sentei num bar, pedi uma cerveja e um cigarro. Fiquei ali por um tempo, sentada, pensando nas coisas. Pensando nos "por quê's". Pensando nas rotas, nos rumos. Nas possibilidades. Pensando no que passou (e foi na parte em que eu mais me demorei). Pensando no que estava acontecendo. Daí já eram mais duas cervejas e mais algumas pontas. Pensando no quanto eu queria me livrar do que passou, e no quão ruim isso era. Pensei mais uma vez em ir embora e mais uma vez resolvi que não iria. Pensei nas outras coisas que me angustiavam, que levaram até ali: um "adeus" há anos atrás, que disseram, viraria um "até logo"; um resultado ansiosamente esperado; um caminho que eu teria que deixar; um fogo apagado que se reacendeu.
Um pensamento levava à outro num fluxo inconstante. Ainda eram pensamentos inacabados. Não chegara a hora de me sentar no meio deles e avaliar, entender e concluir cada um. Talvez por que eu não quisesse ainda.
Era como se eu estivesse andando em um corredor cheio de fotos, portas aberta com lembranças, portas trancadas (as chaves retiniam no meu bolso). Mas não havia luz alguma no fim desse túnel. Era escuro, quente e abafado.
Quando dei por mim, escurecia. Pra quem disse que já estava voltando... Sorri. Um sorriso que não se estendia aos olhos, muito menos ao coração.