sábado, 16 de maio de 2015

Quanto tempo faz?
Não tenho ideia. Meu cérebro diz que fez uns 2 anos talvez, meu coração diz que faz 5, talvez 6 anos. 6 anos que não toco em meu lápis de escrever. De escrever poesia, de escrever conto, de escrever sentimento.
 Hoje resolvi tentar lidar com as palavras novamente. John Mayer ao fundo e uma taça de vinho em mãos. Mas é tão difícil! Eu as vejo, correndo soltas em frente, mas não consigo alcançá-las, colocá-las em ordem.
 Eu cheguei a um novo fim, um novo término. 

Mas para não começar de um fim, vou pelo começo:
Oi! Meu nome é Jessica. Tenho 23 anos e muitos desastres nas mãos. Estou sempre à procura de “mais”, de algo que preencha, que me complete, que me sustente, que me torne melhor, física, emocional, mental e intelectualmente. O que me faz uma pessoa condenada à insatisfação.  Parafraseando minha trilha sonora, “I’m like twenty-two girls in one, and none of them know what they’re looking for”
Faço engenharia e até que me dou bem na área de exatas, mas sinto muita falta do meu lado “humanas”. Ultimamente tenho sentido muita falta. Hoje as palavras riem da minha falta de destreza com elas e eu, de tantas tentativas falhas, parei de tentar. Triste não? (e nessas horas eu encara o lápis com um medo irremediável no coração)
Lembro de uns anos atrás, aos 14 anos, quando passei no CEFAR e tive que tomar a decisão de seguir a dança ou estudar pra entrar no CEFET. Na época parecia tão obvio! Hoje fico pensando em quem eu seria se tivesse escolhido a dança... Mas “se o que sou é também o que escolhi ser, aceito a condição”. Assim diz a tatuagem na minha coxa direita e assim acredito.
Enfim. Depois de tantos relacionamentos falhos, caí em um que me pareceu, por um momento, ser o certo. Um relacionamento maduro, forte, baseado em confiança e... sem emoção. Uma pessoa tão cheia de curvas e sentimentalismo como eu namorando alguém tão quadrado e racional. É de rir. Dizem que os opostos se atraem. Mas depois da minha experiência, sou mais “os opostos se distraem e os dispostos se atraem” e, falando bem a verdade, não creio que a outra parte fosse tão disposta assim. E aí veio mais um término, mais um desastre. E o mais triste de tudo é que nem tenho sentido falta. Tenho medo de ter me tornado vazia a esse ponto. Mas eu sempre acredito, eu sempre tento, porque “eu sou feita de amor da cabeça aos pés e não faço outra do que me doar”

(...e aí as palavras voltaram a ser embaraçar!)

sábado, 24 de maio de 2014

"I wanna tell you that I'll never love anyone else
You wanna tell me that you're better off by yourself
But darling when I see you, you see me..."

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Stranges


 11, setembro de 2013. Rodoviária.

E lá ele ia embora, mais uma vez. Dez anos fora do país, uma rápida visita de 30 minutos e lá ele ia embora mais uma vez.

Ele deu um abraço nela, mas ela se sentiu estranha - como se abraçasse um completo estranho. Olhou para o rosto dela e disse, mais uma vez: "-Você se tornou uma mulher muita bonita, filha." Ela baixou os olhos ardidos, segurandos as lágrimas. Ele se virou para caminhar em direção ao ônibus e quando estava na metade do caminho ela o gritou...

"- Você teria gostado de me conhecer, pai. Minha mãe me criou muito bem."

Dito isso, virou as costas e foi embora, sem olhar para trás.

domingo, 5 de maio de 2013

"Ainda é cedo"

"A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem."

Pois é. É estranho não saber o que pensar, não saber como agir sobre certas coisas das quais se tinha certeza. Tantas decepções com tantas pessoas que tão intimamente me cercavam. Olhos dourados... Olhos que me perseguiam e agora deixo para trás com tanta vontade de seguir em frente.
Minhas palavras estão perdidas em meio ao caos do pensamento. O coração antes tão quente, esfriou. Resfriamento lento, doloroso, sufocante. Eu e minha mania de amar demais e amar errado. É certo, talvez não saiba mais lidar com amor. Eu, que saí do medo sufocante de amar e passei a amar desesperadamente. Em vão. E amor em vão é uma merda. Sobra, entorna e vai se desperdiçando no chão sujo enquanto os outros pisam. Quantas noites chorei até dormir, implorando aos deuses que arrancassem você do meu coração, pedindo forças para ir embora. E a resposta pra o seu "Ainda é cedo" que durou tantos longos meses é "Agora é tarde demais". Então, me odeie, me despreze, mas por favor, me deixe em paz. Pois não me julgará aquele que não é puro.

***
"-Que cheiro doce! Enjoativo!
- Ah, amor, não se preocupa não. É só meu coração transbordando."
***

domingo, 25 de novembro de 2012

Turning tables

 Minha pele ferve, minha cabeça lateja. Onde está você agora? Dentro de mim.

Atormenta-me
Beija-me
Ata-me
Sinta-me
Aterroriza-me
Cura-me
Seja-me
Mata-me

" Only love can leave such a mark"
***

Mais um gole, mais um cigarro. Mais uma noite sem dormir. Mais uma noite longe de você. Longe das tuas palavras duras. Longe do teu mal-humor. Longe daquele que me mata.


 


Oh, girl! Such a blue heart you have...

domingo, 2 de setembro de 2012

“Meu coração tá ferido de amar errado. De amar demais, de querer demais, de viver demais. Amar, querer e viver tanto que tudo o mais em volta parece pouco. Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado."
 - Caio Fernado Abreu.