quinta-feira, 22 de março de 2012





"Quando você começa a pensar, você percebe o quão sozinha você é." Olhou para os lados, mas so havia ela na mesa do bar. Só ela, um cigarro e um copo meio vazio para o qual ela olhava fixamente. "Meio vazio. Acho que eu sou um copo meio vazio. Nunca mais cheio, ou meio cheio. Vazio." 


Tanto para dizer, mas ninguém para ouvir.
(...)

sábado, 10 de março de 2012

E toma mais um gole do café amargo.

2:13 marcava o relógio.

Era uma madrugada quente, mas só por fora - por dentro nada a esquentava.

Ela não era mais a pessoa de anos atrás. Não tinha mais aquele frescor de primeiro amor perfeito, com o qual se tem vontade se enfrentar tudo por ele. Era só mais um pássaro ferido em busca de abrigo, um barco embriagado em busca de um porto seguro.
Naquela noite quente ela se sentia fraca, cansada, desprotegida, machucada, patética, palhaça. Sentada, estática, em sua janela, via a palidez dos telhados tocados pelo luar. Em sua cabeça ecoava uma irritante voz. A voz da sensatez.

quarta-feira, 7 de março de 2012

"I let it fall, my heart
And as it fell, you rose to claim it
It was dark and I was over
Until you kissed my lips and you saved me
My hands they were strong
But my knees were far too weak
To stand in your arms
Without falling to your feet"

Sentada em sua janela ela chorava em silêncio. Pensava em tantas coisas, tantas situações. Escrevia - mais uma carta que nunca seria entregue...