domingo, 25 de novembro de 2012

Turning tables

 Minha pele ferve, minha cabeça lateja. Onde está você agora? Dentro de mim.

Atormenta-me
Beija-me
Ata-me
Sinta-me
Aterroriza-me
Cura-me
Seja-me
Mata-me

" Only love can leave such a mark"
***

Mais um gole, mais um cigarro. Mais uma noite sem dormir. Mais uma noite longe de você. Longe das tuas palavras duras. Longe do teu mal-humor. Longe daquele que me mata.


 


Oh, girl! Such a blue heart you have...

domingo, 2 de setembro de 2012

“Meu coração tá ferido de amar errado. De amar demais, de querer demais, de viver demais. Amar, querer e viver tanto que tudo o mais em volta parece pouco. Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado."
 - Caio Fernado Abreu.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Carvão

"Surgiu como um clarão
Um raio me cortando a escuridão
E veio me puxando pela mão
Por onde não imaginei seguir
Me fez sentir tão bem, como ninguém
E eu fui me enganando sem sentir
E fui abrindo portas sem sair
Sonhando às cegas, sem dormir"

quinta-feira, 22 de março de 2012





"Quando você começa a pensar, você percebe o quão sozinha você é." Olhou para os lados, mas so havia ela na mesa do bar. Só ela, um cigarro e um copo meio vazio para o qual ela olhava fixamente. "Meio vazio. Acho que eu sou um copo meio vazio. Nunca mais cheio, ou meio cheio. Vazio." 


Tanto para dizer, mas ninguém para ouvir.
(...)

sábado, 10 de março de 2012

E toma mais um gole do café amargo.

2:13 marcava o relógio.

Era uma madrugada quente, mas só por fora - por dentro nada a esquentava.

Ela não era mais a pessoa de anos atrás. Não tinha mais aquele frescor de primeiro amor perfeito, com o qual se tem vontade se enfrentar tudo por ele. Era só mais um pássaro ferido em busca de abrigo, um barco embriagado em busca de um porto seguro.
Naquela noite quente ela se sentia fraca, cansada, desprotegida, machucada, patética, palhaça. Sentada, estática, em sua janela, via a palidez dos telhados tocados pelo luar. Em sua cabeça ecoava uma irritante voz. A voz da sensatez.

quarta-feira, 7 de março de 2012

"I let it fall, my heart
And as it fell, you rose to claim it
It was dark and I was over
Until you kissed my lips and you saved me
My hands they were strong
But my knees were far too weak
To stand in your arms
Without falling to your feet"

Sentada em sua janela ela chorava em silêncio. Pensava em tantas coisas, tantas situações. Escrevia - mais uma carta que nunca seria entregue...