quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sensações imprevisíveis.


O breu. As luzes. O suor. O ar abafado.
As centenas de pessoas ao redor.

O palco era simples, a iluminação o transformava. Os tranpostava.
Estava logo em frente ele.

Sentia o peso das centenas de pessoas à minha volta e o calor era insuportável.
Elas pulavam, gritavam, empurravam.

Eu lá, tão miúda no meio da multidão. Evolvida pelo extase do momento. 

Foi quando a musica começou. Arrepiei ao ouvir os primeiros acordes...
Então Dolores O'Riordan aproximou-se do microfone e soltou a incrivel voz. 

A musica? 
Daffodil Lament.



O arrepio continuava por toda extensão do meu corpo e começou a se intensificar quando as palavras eram expulsas pela minha boca, com todo o vigor dos meus pulmões.

A canção gritada com a alma se transformou numa espécie de exorcismo das lembranças ainda em mim contidas.
Não, não iria derramá-las em lágrimas silenciosas. Elas foram soltas no ar quente a abafado, atraves daquela canção gritada. 
Uma vez no ar, foram esmagadas. Um turbilhão de gritos, acordes e agudos pefuraram-nas, derrubaram-nas.
Foram pisoteadas e jazem além do âmago na terra agora.

"And the daffodils looked lovely today, looked lovely"































...looked lovely"

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