quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sons.

Por um tempo, dois sons me encantavam à noite: O farfalhar das folhas e o seu arfar.
Daí você foi embora e o vento parou de soprar. O silêncio parecia grande demais para a cama vazia. Mudei então para um apartamento no centro da cidade. Não era grande, o que fazia minhas noites parecerem menos vazias. Vivia cheio de gente, mas isso só enchia o apartamento. O peito eu tentava encher com vodka. Adiantava as vezes, à noite, só à noite. Era muito barulhento, o tempo todo. Era bom, eu não escutava o silêncio, nem me encolhia para não doer.

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