domingo, 5 de setembro de 2010

Never say it.


O cinzeiro estava cheio de pontas de cigarro, a maioria delas manchadas de vermelho.
Eu só olhava, ali do lado, sentindo o perfume dela. O perfume parecia único, nunca senti mais ninguém com aquele cheiro, felizmente. Seria difícil resistir à qualquer tipo de lembrança.
Ela falava ininterruptamente sobre algo que acontecera em sua ultima viagem. Adorava ouvir sua voz.
Ela se calou para tragar o cigarro e me sorriu com os olhos. O tipo de sorriso que me fazia acordar com ressaca na manha seguinte.
Abaixei a cabeça e pedi um drink para calar a minha sede de dizer que a amava.

Um comentário:

  1. Engolir as palavras em um paradoxo literal!

    Gostei daqui...
    Parabéns pelo blog!
    bjo

    ResponderExcluir