quarta-feira, 11 de maio de 2011

Manhãs.

Eu tinha, na minha cabeça, uma manhã tão bonita com você. Mas então perdeu-se. As palavras, os cheiros, os sons, o sol chegando de mansinho, esquentando minhas costas. Ficaram, talvez, as cores. Um sorriso bonito, seu, meu. Não daqueles do cotidiano, que a gente veste antes de sair de casa, mas daqueles sorrisos pra gente.

Eu costumo acordar antes, sempre antes. Mas dessa vez eu acordei com você me abraçando. Estava frio e o sol sonolento ainda estava sufocado atrás das nuvens. Me aconcheguei nesses seus braços que me envolviam forte e suspirei. Você beijou minha testa então. Naquele momento eu queria você para mim. Queria seus braços, seus abraços abrigos, afagos, beijos, pele, cheiro, textura. Queria manhãs de sol e tambem de chuva, com você. Queria café da manhã improvisado e riso leve pela manha. Queria porres e fogo a noite. De você, eu queria tudo, menos o coração. Mal dava conta do meu.

Me lembro que senti uma vontade absurda de ir embora, mesmo depois disso. E fui. Fui embora e fiquei pensando numa outra manha amarelada de sol no qual a vontade de ir embora não veio e eu não fui.

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