O que perfura o caos e foge ao silêncio, jaz estampado nas entrelinhas dos sussurros breves.
sábado, 15 de janeiro de 2011
Just feel it.
Deixou a janela aberta ao sair de casa, pelo mesmo motivo que esquecera de levar o casaco. Mas a medida que escurecia, esfriava. Até que começou a chover. Por algumas horas a chuva era fina, sempre persistente, caindo com determinação infantil. Ela tremia de frio. Mas a chuva aumentou e o que ela fez foi correr para debaixo dela. Sentí-la de verdade. Viver o ali, o agora. Sentiu sua pele arrepiar, as gotas de chuva caindo como balas em seus ombros, atravessando o tecido das roupas, chegando até sua pele. Soltou os cabelos e em poucos instantes viu a água escorrendo dos fios. O frio a fazia arfar. O barulho da chuva enchia seus ouvidos. E ali, no meio da rua vazia, debaixo da chuva densa, ela ria.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário