sábado, 23 de outubro de 2010

Make a wish upon a [falling] star

Sim, Clarice. As estrelas estão caindo.
Elas caem, estou vendo isso em seus olhos doces.


Fechou os olhos e fez um pedido. Depois respirou fundo olhando para o copo quase vazio. O cansaço rastejante começava a subir pelo seu corpo excessivamente branco. Levantou-se, pagou a conta e foi embora. Ainda era cedo e a rua lhe animaria. Depois de um tempo de caminhada entrou em um bar excessivamente cheio. Alguma banda tocava um rock antigo que lhe inspirou uma tequila. Duas, três, muitas. Encontrou amigos, falou, riu, dançou, tirou os saltos e subiu a mesa.
Não dormiu aquela noite. Quando o efeito do álcool começou a passar foi ver o sol nascer no ponto alto da cidade. A noite já fugia quando saiu do bar, acompanhada. Algo a fez olhar para o céu. Talvez fosse a necessidade de ver o que viu. A necessidade de ter algo a que se agarrar... mesmo que seja uma crença esmaecida, um pedaço de esperança tão verde quanto uma folha seca. Olhou para cima e viu aquele minúsculo astro correr pelo céu. Tão rápido quanto um roçar de pálpebras.

Um comentário: