segunda-feira, 24 de maio de 2010

[Contra]Tempo.

“Não sei se quero descansar, por estar realmente cansada ou se quero descansar para desistir”

A lua vai crescendo
e  no compasso, cresce meus anseios.

Mas eu não sei explicar direito.
Enquanto dançava de repente dei por mim: parece que estou vivendo num constante contratempo. Espremida num espaço entre a primeira contagem e a finalização de uma passo. Vivendo num constante "e". O espaço entre os espaços. O tempo que não se conta, mas se pensa, só para dar tempo de alguma coisa.
Dar tempo de que?
Estou cansada e me perdi na poesia.
Me prendi entre os versos de um poema antigo sobre saudade.
Suspiro de um acordeon.

Eu estava cansada.
Eu continuei tirando musica com meus pés.
Continuei invocando Gaia com meu sapateado.
Sozinha.
Continuei...
Continuo.

Me perdi nas minhas palavras, nas minhas falas.
Nas minhas mentiras mal contadas.

Há tempos, eu sei, que o que sinto é falta, é fome, é saudade.
Saudade do que se foi e do que permaneceu em mim.
Saudade até do que não vivi.


"Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão."


Ao som de: 'Undone' - DeVotchka

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