sábado, 10 de março de 2012

E toma mais um gole do café amargo.

2:13 marcava o relógio.

Era uma madrugada quente, mas só por fora - por dentro nada a esquentava.

Ela não era mais a pessoa de anos atrás. Não tinha mais aquele frescor de primeiro amor perfeito, com o qual se tem vontade se enfrentar tudo por ele. Era só mais um pássaro ferido em busca de abrigo, um barco embriagado em busca de um porto seguro.
Naquela noite quente ela se sentia fraca, cansada, desprotegida, machucada, patética, palhaça. Sentada, estática, em sua janela, via a palidez dos telhados tocados pelo luar. Em sua cabeça ecoava uma irritante voz. A voz da sensatez.

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