terça-feira, 27 de julho de 2010

O que se (in)espera.


Vem.
Vem que a gente se afoga em desejos.
Vem que eu te quero,
vem que não te quero, mas morro de vontade.
Vem,
que não sou tua nem minha
Não sou lua nem sol, noite nem dia, rua nem estrada nem calçada.
Vem que sou por-do-sol,
sou fenda em olho de gato,
sou vendaval em noite serena, sussurro em noite escura.
Sou abismo,
uma dose de absinto.
Sou um arrepio,
um arranhão.
Sou o que tua vontade quer.
Então vem, que a gente se afoga em afagos
Em vontade, em fome.
Vem.

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